domingo, 21 de junho de 2009

Queria que as crianças pudessem ser felizes


Agora o tempo está calmo, por fora e por dentro de mim.

Não há tempestades, não há trovões,

não há nenhum motivo para preocupações.

Há dias que acordo como se o dia fosse cinza,

não vejo as cores mais lindas do dia, não vejo o céu azul,

não vejo os verdes das árvores, não vejo o que deveria ver.

Há dias que não quero acordar, não quero abrir os olhos do coração,

não quero dar oxigênio aos meus sentimentos, não quero dar vida ao meu viver.

Há dias que não deveriam existir, mas existem.

Há coisas que não deveriam acontecer mas acontecem.

Queria que as crianças fossem respeitadas, tivessem o direito de brincar,

e não o dever de carregar três bolinhas nas mãos e ficarem nas sinaleiras.

Queria que as crianças pudessem exibir um sorriso de alegria,

e não abrir a boca para chorar quando chegam em casa.

Queria que as crianças pudessem abrir os cadernos e construir seu futuro,

e não que abrissem as mãos e segurassem armas.

Queria que as crianças tivessem suas famílias,

e não que fossem abandonadas em uma lata de lixo.

Queria que crianças fossem apenas crianças,

e não adultos antes do tempo.

Queria que meu dia continuasse calma,

mas com os problemas do mundo é quase impossível.

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